No Evangelho segundo Mateus, capítulo 26, versículos 14-16, lemos a
seguinte passagem:
14 –
Então um dos doze, chamado Judas Escariotes, foi ter com os príncipes dos
sacerdotes.
15 – E
disse: que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta
moedas de prata.
16
– E desde então buscava oportunidade para o entregar.
O
entendimento é muito claro e conhecido. Judas, o discípulo e apóstolo que
eventualmente trairia Jesus Cristo, estabeleceu o valor de 30 moedas de prata
para tão abominável, como também marcante, feito. Por que chamar atenção para
este evento em específico, pergunta-se o caro leitor? Eis a resposta: Judas, que andou com Jesus,
que testemunhou os milagres, a maneira, a ética, os ensinos, e sobretudo, o
amor do Mestre, ainda assim teve seu preço, vendeu sua própria honra (pensando
estar vendendo o Rei dos Reis...) a aqueles que buscavam matar o Cristo,
aqueles que não conseguiam suportar o peso das verdades oriundas do Céu.
O que nós temos a ver com isso?
Qualquer indivíduo com o mínimo de fé em Deus ergue-se de sua cadeira agora,
indignado e afirma, de peito aberto, que não imitaria o ato de Judas, que não
venderia a Jesus. Sem dúvidas, e dado o conhecimento prévio que temos da
situação, acredito. Porém, existem outras situações, mais cotidianas, e nem
sempre tão historicamente definitivas, onde somos desafiados a provar nossas
convicções, nossa honra e dignidade e, muitas vezes, terminamos é por
vendê-las. E a baixo preço, vale salientar.
Muitas são as maneiras pelas quais a
gente pode se vender. Aquele voto que o eleitor cede mediante certos
“favorecimentos”. Aquela menina com quem
você fica por pressão da galera (e às vezes tu até tens namorada). A opinião
que cedemos pra agradar uma maioria, que por ventura era a ideia que defenderia
a Palavra de Deus. Aquele filme que assistimos, mesmo sabendo que não
deveríamos assistir. Aquela coladinha na prova da escola. A tentação carnal
cedida, repetidas vezes, a atitude antiética no trabalho. Pois é, creio que jáentendeu-se
o ponto.
O que temos de lembrar, por mais que
já tenhamos ouvido isso nas pregações, é que Jesus pagou o mais alto preço pelo
resgate de nossas vidas, pela reparação de nossos erros. Isso não é algo tão
simples quanto parece. Note, Jesus, é Deus. Mesmo enquanto homem, Foi e É
perfeito. Seu sangue, absolutamente inocente, limpo de pecados, é de valor
incomensurável, nada poderia custar mais caro neste plano de existência. E, num
ato de amor absoluto, o Cristo foi surrado, carregou e se deixou pregar na
cruz, para que a Humanidade tivesse, enfim, esta nova chance...
Tudo o que foi escrito neste texto
tem um só intuito. Um aviso, um pedido, um clamor: não desperdice essa nova
chance, não se venda! Sua alma não tem preço, pois foi comprada pelo Sangue do
Cordeiro de Deus. Seja forte, seja firme, resista, mantenha a convicção, preze
a honra, lute pela causa! Não traia o Evangelho de Deus, não torne o sacrifício
do Filho coisa vã! Nenhuma recompensa deste mundo suplanta as bênçãos espirituais
derramadas pelo Espírito Santo em nossas vidas. Oro a Deus que aqueles que
proclamam Seu Nome o amem sobre todas as coisas, sempre. Sejamos fiéis, como o
Pai Celestial sempre o foi. E que Deus nos abençoe.
Por: Fred Quadros
Muito bom seu texto Fred Quadros, gostei muito edificante, Deus te abençoe cara e continue sempre te dando esse entendimento.
ResponderExcluirAs vezes trocamos Deus, por simples pensamentos que não condizem com sua vontade, com palavras ditas por impulso, por pequenos atos, pequenas coisas, e até mesmo sem percebermos.
Agradeço a consideração irmão, espero que o texto tenha te edificado. Deus seja contigo, sejamos sempre fiéis a Ele, lembrando do que Ele fez e faz por nós.
ExcluirBateu de frente comigo hoje. Não é fácil ser confrontado, mas servir é Deus engloba confrontos deste tipo, lutas contra si mesmo... renúncia, persistência. Que Deus nos perdoe por nos verdermos e tornar tão barato o sacrificio da cruz. (Que ELe ME perdoe.)
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