Até 2 milhões de meninos e meninas são vítimas da exploração sexual comercial por ano, segundo estimativa da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Unicef
De acordo com a Intervida, o turismo não pode ser considerado a causa da exploração sexual, mas "os exploradores se aproveitam das facilidades oferecidas pela indústria turística".
A organização cita dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e afirma que cerca de 20% da exploração sexual infantil que ocorre nos países da América Central e do Caribe é protagonizada por turistas e estrangeiros.
América
A Unicef divulgou que, no final do ano 2000, até 325 mil crianças estavam em risco de cair nas redes de exploração sexual comercial apenas nos Estados Unidos.
Ainda segundo a Unicef, os organismos de serviços sociais do México informaram que mais de 16 mil meninos e meninas praticam a prostituição, principalmente nas áreas turísticas.
O livro Vida Invisibles cita outros dados da Unicef que estimam que 160 mil crianças sejam exploradas apenas na Costa Rica e República Dominicana.
E os números podem atingir entre 200 mil e 300 mil no total para Honduras, Guatemala, El Salvador e Nicarágua.
"Apenas no Brasil, se calcula que existiriam 500 mil menores explorados; 40 mil na Venezuela; 2 mil meninas são exploradas em prostíbulos apenas na capital da Guatemala (Cidade da Guatemala); e 300 menores são traficados a cada mês para os Estados Unidos, saídos deste país", afirma o livro.
A obra relata que, no Peru, as estimativas são mais imprecisas, pois se relacionam ao trabalho infantil em geral.
Já na Bolívia, alguns informes de ONGs locais, como Defesa das Crianças Internacional, estimam que 46% da prostituição do país é exercida por menores.
Ásia
A Intervida coletou estimativas de exploração sexual infantil em toda América Central, além de Peru e Bolívia, e países da Ásia e Sudeste Asiático, mas alerta que a falta de dados exatos dificulta a determinação de um número mais preciso.
"O número estimado de menores sofrendo com a prostituição no Sudeste Asiático é impossível de quantificar, mas o cálculo é que o número gire em torno de 1,5 milhão e 2 milhões, divididos entre China, Índia, Nepal e a região do Mekong", afirma o livro.
O livro cita o número de 1999 da Comissão Econômica e Social para Ásia e Pacífico da ONU, e afirma que a prostituição infantil na Índia pode ficar entre 270 mil e 300 mil menores de 18 anos. "Outros dados apontam para cifras superiores a 400 mil crianças", acrescenta o livro.
Organizações internacionais e ONGs calculam que por ano cerca de 10 a 15 mil menores atravessam as fronteiras entre Índia e Bangladesh como vítimas de exploração sexual. Outros 4,5 mil vão de Bangladesh para o Paquistão.
Na Tailândia, o livro afirma que os cálculos giram em torno de 200 mil crianças vítimas do problema.
E nas Filipinas, o número divulgado por ONGs e agências internacionais no final dos anos 1990 chegava a 70 mil crianças exercendo a prostituição.
O livro afirma que os dados sobre a China são escassos. Mas a Unicef cita informes que estimam entre 40 mil e 60 mil o número de trabalhadores sexuais infantis em Taiwan e na China.
Fonte: BBC Brasil
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